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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Exercícios HUMANISMO

1- O Humanismo pode também ser chamado ___________________.

2- Onde surgiu o movimento do humanismo?

3-Explique a mudança do teocentrismo e antropocentrismo.

4- Quais avanços tecnológicos aconteceram no humanismo?

5- Qual classe social despontou no final da Idade Média?

6-Explique o termo "Humanismo"

7- Quem mais se destacou no teatro do período Humanismo?

8- Qual principal cronista do Humanismo?

9- O que as crânicas  do período resgistravam?

10- Qual ano começou  e terminou o período?

11- Qual século pertenceu?

12- Cite:

a- contexto histórico

b- características

c-  principais autores

terça-feira, 4 de junho de 2013

3º ano - Semana de Arte Moderna 04/06/2013


Em oposição às formas clássicas, a arte moderna surgiu no final do século XIX em várias expressões artísticas como, por exemplo, pintura, escultura, literatura, arquitetura, fotografia e música. Embora não haja consenso sobre a datação deste período, muitos especialistas em arte, consideram que o movimento vai até a década de 1970.
Os impressionistas, primeiros pintores modernos, geralmente escolhiam cenas de exteriores como temas para suas obras: paisagens, pessoas humildes...
Em 1922 com A Semana de Arte Moderna também se insere em um importante contexto de mudanças políticas principalmente; Início do Movimento Tenentista e Criação do Partido Comunista Brasileiro

Principais movimentos e correntes artísticas da Arte Moderna:
- Impressionismo
- Pós-impressionismo
- Fauvismo,
- Cubismo
- Expressionismo
- Surrealismo
- Concrestismo
- Futurismo
- Pop Art
Características da Arte Moderna 
Objetivando romper com os padrões antigos, os artistas modernos buscam constantemente novas formas de expressão e, para isto, utilizam recursos como cores vivas, figuras deformadas, cubos e cenas sem lógica. O marco inicial do movimento modernista brasileiro foi a realização da Semana de Arte Moderna de 1922, onde diversos artistas plásticos e escritores apresentaram ao público uma nova forma de expressão. Este evento ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo. 
Não foi fácil para estes artistas serem aceitos pela crítica que já estava acostumada com padrões estéticos bem definidos, mas, aos poucos, suas exposições foram aumentando e o público passou a aceitar e entender as obras modernistas. 
A Arte Moderna está exposta em muitos lugares, em São Paulo ela pode ser vista no Museu de Arte Moderna, nas Bienais e também em outras formas de exposições que buscam estimular esta forma de expressão. 
Artistas brasileiros
Destacam-se como artistas modernistas brasileiros: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery.
Di Cavalcanti e Rubens Borba de Morais, a exposição de artes plásticas foi um dos principais destaques da Semana de Arte Moderna, devido Tarsila Do Amaral não estar presente na data do evento.
Paulo Prado é quem foi o principal mecenas da Semana de Arte Moderna, também participante do modernismo, assinando o prefácio de Pau-Brasil e colaborador de Macunaíma
Artistas estrangeiros
Destacam-se como artistas modernistas brasileiros: Pablo Picasso, Matisse, Mondrian e Kandinsky .
Anita Malfatti, em 1917 foi tema de debate no jornal O Estado de São Paulo, Monteiro Lobato publicou o famoso texto Paranóia ou mistificação, que serviu como incentivo para a criação da Semana de Arte Moderna.Ainda em 1922, surgiu a revista Klaxon, primeira publicação dos modernistas, com textos e ilustrações de artistas participantes da Semana Mário de Andrade era o principal responsável pela revista.Temos também Oswald de Andrade que foi responsável pela obra; Pau-Brasil, um desdobramento do Manifesto da Poesia Pau-Brasil, que defendia a criação de uma “poesia de exportação”
 Menotti Del Pichia é autor do poema Juca Mulato, de 1917, que faz parte do movimento verde- amarelismo
Abaporu e Antropofagia são as duas obras nas artes plásticas de Tarsila do Amaral e considerada por muitos a principal pintora modernista brasileira.

sábado, 1 de junho de 2013

Literatura em Língua Portuguesa produzida na África.





A primeira literatura africana foi produzida pelos portugueses no século XV, chamada de literatura do descobrimento, que se baseavam em relatos de viagem feitos por navegadores, escrivães e comerciantes. Logo após surgiu a literatura colonial, que retratava a vivencia dos portugueses nas terras africanas. Nestas literaturas, o centro do universo narrativo e poético era o homem europeu e não o africano. Era uma literatura profundamente racista, onde predominavam as ideias de inferioridade do homem negro. Implica falar ainda que, nestas literaturas, a África era vista apenas como uma linda paisagem, ou um paraíso, e o protagonista dessa paisagem era o homem europeu. Trata-se, pois, de uma literatura caracterizada fundamentalmente pela exploração do homem pelo homem.
Já a literatura africana de língua portuguesa irei analisar neste trabalho e um conjunto de obras literárias que traduzem uma certa africanidade, toma esta designação porque a África é o motivo da sua mensagem ao mundo, porque os processos técnicos da sua escrita se erguem contra o modismo europeu e europeizante. Essa literatura também é chamada de literatura Neo-africana por ser escrita em línguas européias, para diferenciá-la da literatura oral produzida em língua africana. Nesta literatura, o centro do universo deixa de ser o homem europeu e passa a ser o homem africano.
O que proporcionou o aparecimento dessa nova literatura com raízes africanas foi desenvolvimento do ensino oficial e formalizado na África, a liberdade de expressão, derivada da independência de alguns países que eram mantidos pelos europeus e a instalação da imprensa.
Esta literatura teve a sua origem através do confronto, da rebelião literária, linguística e ideológica, da tomada de consciência revolucionária a partir da década de 40 (século XIX), são textos impregnados de marcas visíveis da revolta política e social. Importa referir que era uma literatura dirigida particularmente aos africanos e escrita em línguas locais em mistura com o "português", pois o propósito era tornar a escrita inacessível aos europeus, isto é, não permitir ao homem branco descodificar as suas mensagens. Daí a introdução nas obras de poetas angolanos (Agostinho Neto, António Jacinto, Pinto de Andrade, Luandino Vieira, etc.) de palavras e frase idiomáticas em quimbundo e umbundo. A literatura africana de língua portuguesa não é semelhante à brasileira, pois, tem somente 40 anos de existência, por isso, não se sabe definir ao certo, qual estilo literário cada autor adota para construir suas obras.

Agostinho Neto em “A Náusea”



Antonio Agostinho Neto foi o primeiro presidente de Angola (1975-1979), após a independência desta de Portugal. Nasceu em Bengo em 17 de Setembro de 1922, na aldeia de Kaxicane, a cerca de 60 km de Luanda meio a uma família metodista - seu pai era pastor e professor de Bíblia da Igreja Metodista. Envolveu-se com grupos anticolonialistas quando estudava medicina em Portugal. Poeta nacionalista, seus escritos foram proibidos e esteve preso de 1955 a 1957 e outra vez, já em Angola, de 1960 a 1962. Conseguiu fugir para o Marrocos e posteriormente fundou o MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola, de tendência marxista. Conquistando a independência de Angola em 1975, contando com o apoio de Cuba, entrou em choque com grupos de direita, apoiados pelos EUA e pelo governo racista sul-africano.
O conto “A Náusea”, desse autor angolano, publicado em 1961, foi escolhido para analise por representar bem o universo mítico africano e por ter sido o modelo do momento de solidificação da literatura angolana, quer pelo fato de seu autor ter sido o mais importante precursor da independência de Angola especificar em seus escritos a ação principal da literatura como uma das táticas de confronto com o colonialismo, quer por se tratar de um conto bem preparado em que há uma busca de expressão de valores nacionais e a construção de uma personagem-protagonista cujos traços essenciais seriam retomados depois em diversos textos de outros autores africanos.
São dois os personagens do conto: o velho João e seu sobrinho que não apresenta nome, sendo o protagonista o velho João, trabalhador humilde e morador do musseque, a favela luandense, o qual vai visitar sua família na ilha de Luanda. O velho João relembra o passado, as lembranças tristes que o mar evoca. Impregnado do cheiro do mar e das lembranças, sente náusea e vomita. O sobrinho, jovem, por não ter vivido as experiências do tio em relação ao mar, reage diferente ao presenciar a cena, porque só consegue fazer a seguinte leitura: "... que mania que têm os velhos de beber demais."
Nota-se que a descrição do reencontro do protagonista com o espaço de sua infância, que ocupa a parte inicial da narração, o espaço marinho pouco aparece, mas e substancializado através das metonímias: “uma ou outra onda mais comprida”, “areia quente da praia”, e “sombra dos coqueiros”, como se o expressão MAR precisasse ser evitado. Ela só aparecera na narrativa quando seu João disser: “O mar. A morte. Esta água salgada é perdição.”, para acrescentar: “O mar. Mu’alunga!”. Depois disso, o velho João enumera as mortes de pescadores da família e de amigos que se afogaram como espécie de prova dos malefícios trazidos pelo mar. Porém, a queixa apresentada no conto deixa de pertencer somente ao velho João e passa a fazer parte do discurso de todos os angolanos que tiveram os mesmos entes queridos naquela situação, quando o narrador organiza e abrevia o conteúdo dos pensamentos do velho João, propiciando que as lamentações do protagonista sejam estendidas com as lentes do discurso dos marginalizados dos portos quando chegaram às caravelas portuguesas:Kalunga. Depois vieram os navios, saíram os navios. E o mar, é sempre Kalunga. A morte. O mar tinha levado o avô para outros continentes. O trabalho escravo é Kalunga. O inimigo é o mar.

O mar no conto é identificado com os navios e às desgraças da colonização, entre as quais o tráfico negreiro e, portanto, é caracterizado como Inimigo: “não conhece os homens. Não sabe que o povo sofre. Só sabe fazer sofrer.”
A correspondência do mar à desgraça é operacionalizada, na esfera das expectativas do protagonista do conto “A Náusea”, como destino contra a qual não ela pode lutar apenas enojar-se; mas, levando em conta que a náusea é também a demonstração da revolta do africano colonizado, é possível realizar uma leitura em que a consciência possível do velho João é ultrapassada, vislumbrando as possibilidades de uma mudança da situação.

O cenário do MAR na literatura africana de língua portuguesa


O mar já tem sido lugar de destaque em toda a literatura de língua portuguesa. Talvez, por se ser a via por onde navegaram as caravelas chegando aos mais distantes portos. O mar se tornou símbolo da expansão dos portugueses. Olhando por essa perspectiva, pode-se dizer que os mares foram o ponto privilegiado de onde a nação mirou-se ao voltar seu olhar ao Outro, engendrando, a partir da espessa camada de representações elaboradas sobre os povos dos portos, uma imagem de si própria. Dessa maneira, os olhares das naus enxergaram os portos aonde elas chegavam, mas porem não ouvia os gemidos que eram ali expostos.
Fazia-se então necessária outra viagem: aquela que propiciasse uma real descoberta de si próprios, tentando desvendar as imagens superpostas e tornar audíveis suas falas. Em outras palavras, tentar resgatar a memória e os sonhos. Nesse processo, foi fundamental o papel da literatura, pois o discurso articulado na série literária, ao abrir-se em possibilidades de projetar o futuro, foi o aliado escolhido na árdua luta que se travou para a independência.
Em Angola, mais precisamente na cidade de Luanda, porto a que as naus dos colonizadores portugueses chegaram no século XV e de onde partiriam apenas em 1975, o caminho percorrido rumo à independência foi longo e demorou um largo tempo para que suas próprias imagens e vozes se impusessem. Então depois da independência os até então donos do mar e da voz foram calados e em seu lugar, triunfante, a voz dos reais donos da terra, há tanto silenciada, ergueu-se, proferindo discursos de autonomia e construção de uma nova nação.
Toda literatura tem como inspiração uma referencia. Na literatura brasileira, tivemos como referencia o índio, o negro, a mulher adultera e etc. Já na literatura africana de língua portuguesa, devido ao pouco tempo de existência, e aos conflitos históricos sociais em que atravessaram a população africana, a referencia literária, passou o MAR, aquilo que mais lhe causa lembranças, tanto triste como felizes, pois durante séculos, o MAR foi utilizado como tortura e formas de dominação. Agustinho Neto soube aproveitar muito bem essa temática em seu conto “A Náusea”, pois explorou o tema de forma que soube passar o sentimento de tristeza e angustia, mesmo para aqueles que não vivenciaram a experiência da escravidão.

A Demanda do Santo Graal


A Demanda do Santo Graal (em francês La Queste del Saint Graal) é o nome de algumas obras literárias medievais sobre as lendas do rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda escritos originalmente em francês antigo no século XIII. Os livros da Demanda são seções de obras maiores, compostas de vários livros, chamados atualmente Ciclo do Lancelote-Graal (escrito entre 1210 e 1230) e o Ciclo da Post-Vulgata (escrito entre 1230-1240).
As lendas arturianas - parte da Matéria da Bretanha - tem sua origem nas Ilhas Britânicas, mas tornaram-se populares em toda a Europa devido a romances em verso escritos a partir do século XII na França e na Inglaterra. Já no século XIII surgem também versões em prosa das lendas. Duas prosificações importantes ocorreram entre 1220 e 1240 na França, denominadas atualmente Lancelote-Graal e Post-Vulgata, logo traduzidas e adaptadas para outras línguas europeias.
A Demanda da Post-Vulgata caracteriza-se por incorporar elementos de outro livro da época, o Tristão em Prosa, incluindo assim personagens como Tristão e Palamedes, ausentes da Demanda da Vulgata. Atualmente o texto da Demanda da Post-Vulgata está preservada parcialmente em francês antigo e em castelhano, mas uma versão completa existe em português.
Em língua portuguesa medieval se preserva um manuscrito da Demanda do século XV, resultado de uma adaptação do texto francês da Post-Vulgata. A obra é uma das mais importantes da prosa novelística da literatura medieval portuguesa. O texto original em francês da Demanda não foi preservado intacto, e o manuscrito português tem importância excepcional por ser o mais completo entre todas as versões da Post-Vulgata existentes.
Atualmente o manuscrito sobrevive numa cópia do século XV preservada na Biblioteca Nacional de Viena, catalogado com o número 2594. Indícios históricos e linguísticos no texto indicam que a tradução original foi feita ainda no século XIII, durante o reinado de Afonso III. A versão portuguesa foi utilizada como fonte para a versão em castelhano da Demanda, atualmente preservada numa edição já renascentista, do século XVI.