quinta-feira, 29 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Literatura de Informação
As
primeiras manifestações literárias em terras brasileiras ocorreram no período
do Brasil-Colônia. Destacam-se como tais, um conjunto de obras portuguesas
ocorridas a partir do século XVI, manifestadas por meio dos escritos produzidos
pelos viajantes, no intento de relatar as descobertas marítimas e terrestres.
Cabe ressaltar que antes do período que se refere às Grandes Navegações, os povos europeus consideravam estar no centro do mundo, uma vez que todas as partes, até então desconhecidas, eram concebidas como pertencentes a elementos fantásticos. Após iniciadas as grandes expedições marítimas, reverteu-se toda esta ótica.
Por meio delas, estas fantasias foram cedendo lugar a fatos reais, principalmente com a conquista e a colonização de novas terras, visto que as consequências econômicas, políticas e morais, relacionadas às mesmas, tornavam-se cada vez mais importantes “aos olhos de Portugal”.
Desta forma, as obras produzidas neste período são de caráter informativo, e ao conjunto dos referidos relatos, atribuímos o nome de Literatura de Informação ou Literatura dos Cronistas e Viajantes. Os textos, escritos em prosa, eram bem aceitos em Portugal e na Espanha, pois as paisagens exuberantes e os costumes exóticos ligados à natureza do homem brasileiro atendiam plenamente aos interesses econômicos, principalmente do colonizador.
Dentre estas obras, destacam-se como mais importantes:
Carta de Pero Vaz de Caminha, dirigida ao rei D. Manuel, relatando o descobrimento e as principais impressões da nova terra;
Diário de navegação, de Pero Lopes de Souza (1530);
Tratado da terra do Brasil e história da Província de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos de Brasil,de Pero de Magalhães Gândavo (1576);
Narrativa epistolar e Tratado das terras e das gentes do Brasil, de Fernão Cardim (1583);
Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza (1587);
Diálogos das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618);
Cartas escritas pelos jesuítas durante os dois primeiros séculos da catequese;
História da conversão dos gentios, do Pe. Manuel da Nóbrega;
História do Brasil, de Feri Vicente de Salvador (1627);
Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden (1557);
Viagem à terra do Brasil, de Jéan Léry (1578).
A literatura de Catequese
Compondo o quadro da literatura de informação, destaca-se também a literatura de catequese, a qual pertencia aos escritos dos jesuítas que chegaram ao Brasil a partir de 1549. Pertenciam à Companhia de Jesus, organizada por Ignácio de Loyola, visando recuperar o poder e o prestígio preconizado pela Igreja Católica após a Reforma Protestante.
Assim sendo, defendiam a fé contra os ataques de protestantes e hereges, propagando-a aos mais distantes lugares da terra, convertendo muçulmanos, budistas e até os habitantes nativos das terras recém descobertas. Com base neste propósito, fundaram vários colégios na Europa e América, pois viam a educação como um instrumento viável para tal realização.
Entre seus principais representantes, citam-se os padres Manuel da Nóbrega, Fernão Cardim e José de Anchieta. Ao chegar aqui, Manuel da Nóbrega, juntamente com outros membros da Companhia de Jesus, mantiveram uma vasta correspondência sobre como se deu sua obra catequética, focalizando hábitos, costumes, língua e, sobretudo, as relações que mantinham entre os colonos e os jesuítas.
José de Anchieta destacou-se de modo relevante, em razão de sua produção de caráter pedagógico e moral, retratada em forma de poemas e peças teatrais. As representadas por cartas, relatórios e crônicas caracterizavam-se como prosa informativa, além de sermões, peças teatrais e poesias, todas escritas em português, espanhol e tupi-guarani.
A popularidade é característica marcante no teatro de José de Anchieta, pautado por uma linguagem simples e composto por uma técnica rudimentar, retoma uma tradição baseada nos autos de Gil Vicente, como também nos moldes proferidos durante a Idade Média.
Como podemos perceber, a produção concernente a este jesuíta possui um amplo valor significativo no processo de formação de nossa cultura, em razão de o mesmo ter se incumbido diante da tentativa de conferir uma expressão literária às novas condições do homem em solo brasileiro.
Cabe ressaltar que antes do período que se refere às Grandes Navegações, os povos europeus consideravam estar no centro do mundo, uma vez que todas as partes, até então desconhecidas, eram concebidas como pertencentes a elementos fantásticos. Após iniciadas as grandes expedições marítimas, reverteu-se toda esta ótica.
Por meio delas, estas fantasias foram cedendo lugar a fatos reais, principalmente com a conquista e a colonização de novas terras, visto que as consequências econômicas, políticas e morais, relacionadas às mesmas, tornavam-se cada vez mais importantes “aos olhos de Portugal”.
Desta forma, as obras produzidas neste período são de caráter informativo, e ao conjunto dos referidos relatos, atribuímos o nome de Literatura de Informação ou Literatura dos Cronistas e Viajantes. Os textos, escritos em prosa, eram bem aceitos em Portugal e na Espanha, pois as paisagens exuberantes e os costumes exóticos ligados à natureza do homem brasileiro atendiam plenamente aos interesses econômicos, principalmente do colonizador.
Dentre estas obras, destacam-se como mais importantes:
Carta de Pero Vaz de Caminha, dirigida ao rei D. Manuel, relatando o descobrimento e as principais impressões da nova terra;
Diário de navegação, de Pero Lopes de Souza (1530);
Tratado da terra do Brasil e história da Província de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos de Brasil,de Pero de Magalhães Gândavo (1576);
Narrativa epistolar e Tratado das terras e das gentes do Brasil, de Fernão Cardim (1583);
Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza (1587);
Diálogos das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618);
Cartas escritas pelos jesuítas durante os dois primeiros séculos da catequese;
História da conversão dos gentios, do Pe. Manuel da Nóbrega;
História do Brasil, de Feri Vicente de Salvador (1627);
Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden (1557);
Viagem à terra do Brasil, de Jéan Léry (1578).
A literatura de Catequese
Compondo o quadro da literatura de informação, destaca-se também a literatura de catequese, a qual pertencia aos escritos dos jesuítas que chegaram ao Brasil a partir de 1549. Pertenciam à Companhia de Jesus, organizada por Ignácio de Loyola, visando recuperar o poder e o prestígio preconizado pela Igreja Católica após a Reforma Protestante.
Assim sendo, defendiam a fé contra os ataques de protestantes e hereges, propagando-a aos mais distantes lugares da terra, convertendo muçulmanos, budistas e até os habitantes nativos das terras recém descobertas. Com base neste propósito, fundaram vários colégios na Europa e América, pois viam a educação como um instrumento viável para tal realização.
Entre seus principais representantes, citam-se os padres Manuel da Nóbrega, Fernão Cardim e José de Anchieta. Ao chegar aqui, Manuel da Nóbrega, juntamente com outros membros da Companhia de Jesus, mantiveram uma vasta correspondência sobre como se deu sua obra catequética, focalizando hábitos, costumes, língua e, sobretudo, as relações que mantinham entre os colonos e os jesuítas.
José de Anchieta destacou-se de modo relevante, em razão de sua produção de caráter pedagógico e moral, retratada em forma de poemas e peças teatrais. As representadas por cartas, relatórios e crônicas caracterizavam-se como prosa informativa, além de sermões, peças teatrais e poesias, todas escritas em português, espanhol e tupi-guarani.
A popularidade é característica marcante no teatro de José de Anchieta, pautado por uma linguagem simples e composto por uma técnica rudimentar, retoma uma tradição baseada nos autos de Gil Vicente, como também nos moldes proferidos durante a Idade Média.
Como podemos perceber, a produção concernente a este jesuíta possui um amplo valor significativo no processo de formação de nossa cultura, em razão de o mesmo ter se incumbido diante da tentativa de conferir uma expressão literária às novas condições do homem em solo brasileiro.
Realismo
no Brasil
O Realismo no Brasil teve seu
início, oficialmente, em 1881, com a publicação deMemórias Póstumas de Brás Cubas,
de seu mais célebre autor, Machado de
Assis. Esta escola só entra em declínio com o surgimento do Parnasianismo,
por volta de 1890.
Com a
introdução do estilo realista, assim como do naturalista,
o romance,
no Brasil, ganhou um novo alcance, a observação. Começou-se a escrever buscando
a verdade, e não mais para ocupar os ócios dos leitores.
Machado de
Assis, considerado o maior expoente da literatura brasileira e do Realismo
no Brasil, desenvolve em sua ficção uma análise psicológica e universal e sela,
portanto, a independência literária do país.
Contexto histórico
No Brasil do Segundo
reinado (de 1840 a 1889), impera o conhecido "parlamentarismo às
avessas", quando o Imperador D. Pedro II escolhe o senador ou
o deputado para
o cargo deprimeiro-ministro, com a complacência do Partido Liberal e do Partido Conservador, que
se revezavam no poder, sempre segundo os interesses da oligarquia agrária.
No campo da economia,
o Brasil, na metade do século XIX,
ainda mantinha uma estrutura baseada no latifúndio,
na monocultura
de exportação com mão-de-obra escrava voltada
para o mercado cafeeiro.
Por volta da década de
1870, no entanto, as oligarquias agrárias, que até então "davam
as cartas" na economia e na política do país, sofrem pressões
internacionais para o desenvolvimento do capitalismo industrial no
Brasil, no sentido de um processo demodernização que
se dá lentamente. Inicialmente, pela proibição do tráfico negreiro. Com isso
cresce a mão-de-obra imigrante, desenvolve-se a indústria cafeeira no interior do
estado de São Paulo e ferrovias são
construídas. Ao longo dos trilhos, concentram-se as fábricas que dão origem à classe média urbana,
que se insatisfaz com a falta de representatividade política.
Essa classe,
apóia-se no Exército e aceita a liderança dos
cafeicultores paulistas, responsáveis pelos trabalhadores assalariados no país
e defensores de mudanças estruturais, como a substituição da Monarquia,
já desgastada e reacionária, pelaRepública.
A Proclamação se dá em 1889, porém, a República
não atenderia as ambições da classe média e dos militares. Então,
representantes das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais passam
a controlar o Estado brasileiro, por meio de uma aliança entre seus
governadores que ficou conhecida como "Política do café-com-leite".
O Brasil da
época é um país com idéias liberais, republicanas, "modernas", no
entanto, tem que conviver com uma estrutura político-econômica oligárquica,
agrária, latifundiária e coronelista.
Da Europa foram
trazidas algumas idéias, entre elas o positivismo de Auguste Comte,
o determinismo histórico de Taine, o socialismo utópico de Proudhon e
o socialismo científico de Karl Marx,
o evolucionismo de Darwin e
a negação do Cristianismo de Renan.
Autores e obras notáveis
Dentre os
principais autores do Realismo no Brasil, estão Raul Pompéia, Visconde de Taunay e o principal deles, Machado de
Assis.
Entre as
obras de Raul Pompéia, O Ateneu é, sobretudo, um exemplo impressionista na
literatura brasileira, também considerada uma obra Naturalista.
Visconde de Taunay destaca-se na literatura
regionalista. Sua obra-prima, Inocência, é transitória entre Romantismo e
Realismo.
Machado de
Assis contribuiu com grandes obras, como a introdutória do estilo Memórias
Póstumas de Brás Cubas, sucedida porQuincas Borba e Dom Casmurro.
As três envolvem adultério e apresentam inúmeros temas sob uma ótica
crítica e irônica, característica do autor. As obras Memórias Póstumas
de Brás Cubas e Dom Casmurro destacam-se por serem
narradas em primeira pessoa, característica incomum no romance realista. Esaú e Jacó e Memorial de
Aires figuram na fase filosófica e madura do autor, sendo,
também, obras realistas.
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